segunda-feira, 5 de outubro de 2009

17

Faz hoje 17 anos que parti de Espinho e cheguei a Lisboa Santa Apolónia com duas singelas malinhas e muita angústia no coração. Tinha 17 anos. Nunca tinha estado tão longe de casa, nunca tinha vivido sozinha. Os primeiros tempos foram difíceis e nunca pensei que algum dia ficasse a viver em Lisboa. Era uma cidade demasiado grande. Passava o tempo a contar os dias que faltavam para apanhar o comboio inter-regional das sextas-feiras depois das aulas.
Constato agora que, não só fiquei a viver em Lisboa, como 17 anos depois estou a mudar-me para uma cidade maior. O que me leva a pensar onde estarei daqui a 17 anos. Não há mesmo forma de prever onde a vida nos leva.

3 comentários:

  1. E eu que me lembro tão bem dessa Joaninha acabada de chegar... Vejo-te ainda no pátio do ISCSP com olhar assustado, rosto pleno de curiosidade, cabelo curto, pescoço esguio, alta, sorriso fácil, meiga, a doce Joana. Que em apenas umas horas arranjou um tutor, o Quim Saraiva (que será feito dele? Céus, do que me fui lembrar)...
    Doce Joana, imagino-te agora com o mesmo olhar curioso nessa grande cidade. Mas sei que também manténs a mesma serenidade.
    E se o sucesso se repetir como no início do percurso de há 17 anos, rapidamente serás reconhecida como "a melhor emigrante portuguesa dos últimos 17 anos". E sem valise de carton...
    :-)
    Muitos beijos quadruplicados!
    Ana (a Catarina)

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  2. Pois foi, ha 17 anos la deixamos Espinho para tras... Custa a acreditar que ja passou tanto tempo. Gi

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  3. Engraçado, as comentadoras serem precisamente a amiga que levei comigo para Lisboa e a primeira amiga que fiz em Lisboa! Beijos às duas

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