domingo, 28 de fevereiro de 2010

Uma questão de inglês(es)

Sempre achei que o meu inglês era bom. Tive boas notas na escola e sentia-me relativamente à vontade com a língua. Ao saber que vínhamos morar para Londres, pensei: «que bom, vou poder tornar o meu inglês perfeito». Que duas ideias tão distantes da realidade. Não só me apercebo agora que ainda tenho muito que aprender, como vejo que morar em Londres não é, por si só, um curso de línguas.
Ainda assim, há progressos a assinalar. Aprendi a dizer correctamente nomes como Ebury, St. James's e Gloucester, e passei a saber como se dizem em inglês coisas como calcário, cherovia, ficha e tomada, galochas, trotineta, eglefim, alho francês, montagem (de móveis), pescada, e outras que tais. Mas manter uma conversa fluída já é mais difícil. Raramente troco mais do que duas ou três palavras (raramente sem gaguejar) com ingleses propriamente ditos. De resto, toda a gente com quem me cruzo vem do estrangeiro. Vou praticando algum inglês com a nanny, mas os temas não são muito variados e a pronúncia não é perfeita. E na televisão acabamos por ver mais séries americanas do que inglesas. Continuo a não perceber muita coisa e consigo ver um programa de stand-up comedy sem esboçar sequer um sorriso - e eu até sou um público fácil.
Procuram-se ingleses para manter conversas de chacha. Só para treinar.

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