quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Lesson number two

Uma mudança nunca é fácil, sobretudo para as crianças. A L., depois de uma fase mais conturbada, parece estar finalmente adaptada: ao novo país, à nova casa, à nova escola, à nova língua. Ontem tive uma reunião com a professora dela. Diz ela que a L. é uma criança feliz, muito activa (mas isso já nós sabíamos) e que aprende depressa. Compreende bem o que lhe dizem e já consegue dizer muita coisa em inglês.
Em casa, já começou a misturar as línguas e não raras vezes diz coisas como: «Mamã, quero grapes, please» ou «Mummy, quero milk com chocolate e torradinha com doce de pumpkin». Outras vezes, inventa. Há dias pegou num livro que estávamos a ler e disse: «Agora vou ler o livro em inglês.» «Está bem», respondi. «Blanhubpod ing, blu prixowed ing, nha aquinerut ing, somelidov ing...»
A pronúncia, por seu lado, ainda não está muito bem trabalhada - com raras excepções. É o caso dos números. Se o três sai mal, o quatro sai perfeito: «one, two, sree, fôo...». Mas a mais cómica de todas foi da palavra «ginástica». Esticou o lábio superior para a frente e com a boca em formato de grão-de-bico disse: «gymnastics». Desatei a rir. Ela responde com um ar sério: «Mãe, é 'ginástica' em inglês!».

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