Dizem que as férias ajudam as crianças a dar um salto no desenvolvimento. No caso do D., o pulo é inacreditável. Com dezoito meses, a roupa e os sapatos de Verão já deixaram de lhe servir. A areia da praia fez-lhe tão bem que passou rapidamente de andar a correr e aprendeu a subir e a descer degraus quase sem ajuda. Passa a vida a pedir-nos para pôr o capacete da L. e sobe para a trotineta dela para percorrer o corredor vezes sem conta. Está a tornar-se tão independente ao ponto de só querer comer sozinho.
Há palavras novas todos os dias, sendo que as mais recentes são: «não» (não), «bola» (boua ou ball), «bicicleta» (tapta), «pão» (pão), «backpack» (bépé), «mão» (mão), «pé» (pé), «chucha» (sussa), «abre» (ape ou ope), o seu próprio nome (irrepetível). A preferida é nitidamente roda (rro), que ele aponta em todos os carros, carrinhos, bicicletas, triciclos ou trotinetas por que passa. Adora imitar os carros, mesmo que sejam carrinhos de bebé: «brrrrrr!». Imita também os animais, incluindo o burro (aa-uu!!).
As gracinhas também são muitas. Para além dos beijos e dos abraços, adora fazer-se de engraçado, olhar para baixo e levantar os olhos, dengoso. Aponta para os sítios proibidos (fogão, detergentes, etc.), estica o dedo e diz «não, não». Vem chamar-nos quando se magoa, diz onde se aleijou e onde foi que bateu, e fica à espera que demos um beijinho no dói-dói e uma sapatada na porta ou na mesa que se meteram no caminho dele.
As birras de se atirar para o chão, para já, ainda dão vontade de rir, mas desconfio que não será por muito tempo. The terrible two are on their way!
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