quinta-feira, 15 de julho de 2010

Don Giovanni














Uma das primeiras memórias que tenho da nossa chegada a Londres é de um almoço no café do Holland Park ao som de ópera. Fiquei curiosa e com vontade de assistir a um espectáculo de ópera ao ar livre e por isso este ano, mal ouvi falar na temporada de Verão da ópera do Holland Park, fui a correr comprar bilhetes - e, mesmo assim, encontrei-os praticamente esgotados.
Os bilhetes não traziam indicação do traje apropriado, por isso lá fomos de salto alto e maquilhagem, fato e gravata, ver o Don Giovanni, de Mozart, às 7 e meia da tarde. Lá dentro, várias pessoas carregavam cestos de piquenique, para jantarem antes do espectáculo, e mantas de viagem, caso a noite ficasse fria. Entrámos. Esperava-nos um anfiteatro bem montado, coberto por uma tenda. Quando o espectáculo começou, ainda vinha luz lá de fora, e à medida que a trama ia avançando, o anoitecer ia tornando tudo mais dramático. No intervalo, seguimos os espectadores para o bar. À nossa frente sairam dezenas de garrafas de Rosé, vinho branco e champanhe. Ficámo-nos por um copo de Pimm's, uma espécie de sangria inglesa, que ainda deixámos a meio. Da qualidade da ópera em si, não sei dizer muito, mas gostei bastante do cenário, da encenação, e da maioria das vozes. No regresso a casa, enquanto assobiávamos entusiasticamente o único pequeno trecho que reconhecemos, prometemos voltar no próximo ano.

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