Por força da genética, nasci com um dedão particularmente comprido. Por isso a biqueira do meu pé é uma espécie de triângulo rectângulo que desde sempre deformou os meus sapatos. Nunca me lembro de ter uns sapatos redondos durante muito tempo. E também nunca me lembro de as minhas meias sobreviverem durante muito tempo ao meu dedão furão. O que nunca me causou problemas de maior. Bastava escolher as melhores meias nos dias em que ia comprar sapatos ou ao ginásio. Até chegar a Londres.
Como aqui a maioria das casas é alcatifada, existe o bom hábito de se tirar os sapatos à porta por questões de higiene. Todas as pessoas que entraram cá em casa, desde a health visitor ao senhor que veio contar o gás, perguntaram se tinham de tirar os sapatos antes de entrar. E se a nós nos parece bem que assim se faça - eu própria, sempre que chego a casa, vou ao quarto trocar os sapatos pelos chinelos -, esquecemo-nos, por falta de hábito, de o fazer quando vamos a casa dos outros. Há pouco tempo fomos a casa de uns amigos. Fomos os primeiros convidados a chegar e mantivemos os sapatos. Todas as outras pessoas que chegaram a seguir tiraram naturalmente os sapatos e deixaram-nos à porta. Toda a gente ficou de meias e nós de sapatos. Um lapso terrível. Mas lembrei-me a tempo que não o podia corrigir: as minhas meias estavam no último grau de degradação, com uma fina rede a cobrir-me o dedão.
Hoje decidi renovar a gaveta das meias.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
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É só despesa...! arre! Que capital tão exigente... ehehehe
ResponderEliminarTemos saudades
Beijos aos 4 de nós 4
Isabel
p.s. finalmente consigo comentar...iéééé
Isabel, saudades tinha eu dos teus comentários! Esperamos por vocês em breve. Com meias em condições! :-)
ResponderEliminarQue maravilha!
ResponderEliminarRi-me muito... Em maio rumo a londres para conhecer as tuas meias e não em vou esquecer de levar umas bem janotas para caminhar bem confortável quando formos jantar connvosco.eheheh
Beijos com saudades