Quando nos mudámos em 2006 para o nosso apartamento em Lisboa, deixámos de ter televisão em casa. Mais tarde, quando a fomos buscar ao armário do escritório, só ligámos a antena com os quatro canais. Por isso, quando íamos a casa dos meus pais, que têm a Zon, passávamos (passamos) muito tempo a ver televisão. Um dos programas onde páro muitas vezes, não sei bem porque razão, é o Antiques Roadshow, um programa inglês sobre velharias e antiguidades, onde especialistas avaliam e comentam peças e móveis, explicando a sua origem e o seu valor. Sempre achei piada à reacção dos donos das peças ao saber o seu valor. «Oooohhh, really??!!»
Chegados a Londres, ficámos umas semanas instalados num hotel antes de nos mudarmos para esta casa. Os canais de televisão eram bastante maus, mas fomos fazendo zapping para nos distrairmos. Não só vimos por diversas vezes o Antiques Roadshow, como descobrimos outros programas do género, que passam constantemente na televisão: o Cash in the Attic e o Bargain Hunt. Comecei a achar que isto dizia alguma coisa sobre os ingleses.
Hoje, depois de almoçar com o T., dei um passeio por Knightsbridge, zona do famoso Harrods, e apanhei o autocarro 9 de regresso a casa. Sentei-me no andar de cima, na terceira fila. Atrás de mim, três ingleses conversavam animadamente sobre a feira que iam visitar: a Winter Olympia Fine Art & Antiques Fair, em Olympia, onde em tempos se fazia a Feira do Livro de Londres. Falavam sobre a cómoda que compraram na feira do ano passado, sobre outras feiras de antiguidades, sobre o preço das peças, sobre os orçamentos, sobre os leilões e sobre as melhores estratégias para conseguirem fazer bons negócios. Não aprendi nada, mas fiquei seriamente tentada a ir à feira. Afinal, não me posso integrar se não conhecer os costumes britânicos, por mais excêntricos que sejam.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
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