Poucos dias depois de nos mudarmos para esta casa, fomos convidados pelos vizinhos do andar de baixo, uma mexicana e um alemão, para uma festa para celebrar o seu casamento. Foi uma óptima oportunidade para conhecermos os vizinhos e nos sentirmos integrados. Como é natural, as crianças começaram imediatamente a brincar umas com as outras. Alguns gritos e choramingos depois, deu para perceber que os três filhos da holandesa e do belga do rés-do-chão não se iriam dar muito bem com a L. Até que chegou a Alice, a menina inglesa, nossa vizinha da frente. Aos saltinhos pela relva, lá veio brincar com a L. e, embora não conseguissem falar uma com a outra, entenderam-se lindamente. Foi a primeira amiga que a L. fez em Londres. Todos os dias, ao chegar a casa, a Alice metia a mão pela nossa ranhura do correio e fazia bater a pala. Era o sinal para abrirmos a porta e a deixarmos entrar. Muitas vezes ficaram as portas de entrada abertas para elas correrem, ora para uma casa, ora para a outra, e brincarem e trocarem brinquedos. Quando se encontravam no parque, era uma festa. Gritavam o nome uma da outra e lá iam a correr para o escorrega.
Há três dias que não ouvimos barulho à nossa porta. A Alice mudou de casa e sentimos saudades dela.
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Até eu, depois desse relato enternecedor, simpatizava já com a Alice. Ainda por cima, com esse nome tão simpático! Deixa estar, a Laura vai fazer muitos mais amigos por aí. Dá-lhe tempo. Mas podem sempre tentar seguir o rastro dessa primeira e especial amiga.
ResponderEliminarC, troquei números de telefone com a mãe dela e combinamos encontrar-nos para as meninas brincarem sempre que possível. Espero que ela venha cá muitas vezes!
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