terça-feira, 27 de outubro de 2009

Rua dos Plátanos














Nasci e cresci em Espinho, na segurança de uma cidade em que as ruas, numeradas, são (quase) todas paralelas e perpendiculares. À excepção das grandes palmeiras que acompanharam a minha infância na avenida da casa dos meus pais (e que agora moram umas quantas ruas acima) e de algumas árvores mais vistosas numa ou noutra rua, não se pode dizer que Espinho seja uma cidade muito arborizada. Ainda assim, o meu imaginário infantil tem muito presente a Rua 31. Era a rua que subia para ir para a catequese, para o posto médico e, mais recentemente, para o cabeleireiro ou para o Multimeios. Se a rua tivesse um nome em vez de um número, chamar-se-ia Rua dos Plátanos. E poderia bem ser o cenário para a história «Beatriz e o Plátano», de Ilse Losa, que marcou a minha geração.
Anos depois, regresso àquele imaginário cada vez que saio de casa e caminho em direcção ao Holland Park. A rua está cheia de plátanos enormes, bem maiores do que os que conhecia na Rua 31. Na semana passada, de regresso do parque infantil, a L. e eu divertimo-nos a descobrir quantos tons poderiam as folhas caídas das árvores tomar. E trouxemos um bocadinho dos plátanos para casa.

2 comentários:

  1. A minha infância também teve muitos plátanos. O que será feito da pobre Beatriz? Provavelmente cresceu e filiou-se no Bloco de Esquerda ou n’Os Verdes.

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  2. Ah, tão linda!! Obrigada por referires Espinho no teu blog...Também a rua 16...quando era pequena e ia a pé para casa da minha avó, da 62 para a 7, adorava virar a esquina da 16 e começar a ouvir as folhas a estalar...Agora também já se vêem as folhas caídas, mas ainda não cheira a Outono. Este veraõ que se prolonga está a tirar os louros ao de S.Martinho que fazia brilharetes nos anos passados...enfim, será mesmo efeito do aquecimento global??
    Bj,
    Susana (espinhense de gema)

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