quinta-feira, 24 de março de 2011

Sorry

A manhã não correu muito bem. Asneiras atrás de asneiras, o tempo a passar, a paciência a esgotar-se. Até que dei à L. o pior castigo possível: «Hoje vais de calças para a escola!». O desespero dela foi tão grande, que me fez sentir culpada o dia todo. Quando cheguei a casa, esperava-me este postal na estante:


















Já está preparado o vestido para amanhã.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Regent's Canal














As minhas horas de almoço têm sido quase sempre passadas na cantina com os meus colegas de trabalho. Hoje foi diferente. A G., que só tem boas ideias, trouxe umas sandes, sumo de laranja natural, bolinhos e maçãs, e comemos sentadas num muro em frente ao Regent´s Canal. O dia estava tão bom que só não fiquei de t-shirt porque não podia tirar o vestido. Agora já sei onde vou fazer as minhas caminhadas a seguir ao almoço.

domingo, 20 de março de 2011

Scooter II

Aproveitando um sábado primaveril, fomos com a nova trotineta ao Holland Park. Pedimos desculpa pela qualidade da imagem. Obviamente por trás da máquina ia uma mãe a tentar acompanhar o ritmo.

Red Nose Day

Nas últimas semanas, os narizes vermelhos invadiram o Reino Unido. De repente, todo o país se une para uma causa: angariar dinheiro para a instituição de caridade Comic Relief, que trabalha no Reino Unido e em 25 países em África. O lema é «Do something funny for money», e por todo o lado se vêem iniciativas para conseguir juntar mais alguns trocos. As lojas vendem produtos alusivos, sempre com narizes vermelhos, as empresas organizam actividades, as pessoas pedem patrocínios para uma actividade maluca qualquer, os famosos promovem a causa.
Na empresa onde trabalho, foram várias as formas de juntar dinheiro. Junto à máquina fotocopiadora lá estava um balde à espera de mais uma libra sempre que alguém praguejasse contra a dita máquina. Nas salas de reuniões, mais baldes para receber libras de quem usasse expressões como «commercially viable». Mas a melhor parte veio na sexta-feira, o Red Nose Day. O desafio foi ir trabalhar vestido à 1988, o ano do primeiro Red Nose Day. Quem estivesse vestido a rigor, pagava uma libra. Quem não estivesse, pagava 10. A princípio duvidei que muita gente entrasse na brincadeira. Mas, ainda assim, lá fui trabalhar de calças largueironas, uma t-shirt do T. às riscas devidamente apoiada por um cinto de tachas e correntes, chumaços nos ombros, mangas arregaçadas, brincos rosa choc em forma de estrela, sombra azul bem carregada nos olhos, e o cabelo apanhado ao lado com uma flor cor-de-rosa da L. Para meu espanto, quase ninguém olhou para mim no metro, como se aquela pudesse perfeitamente ser a minha maneira de vestir. Quando cheguei ao trabalho, apercebi-me de como a moda nos anos 80 já era tão internacional e ultrapassava todas as fronteiras. Foi uma espécie de flashback muito divertido. E o suficiente para umas boas gargalhadas, ou, melhor dizendo, para um perfeito comic relief.

terça-feira, 8 de março de 2011

Two


















E as prendas preferidas foram a mota do polícia (está a dormir com ela na mão) e a trotineta azul (que já domina na perfeição).

Early Spring


















Apesar do frio, a Primavera teima em aparecer mais cedo.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Daylight

É tão bom quando os dias começam a ficar maiores e saímos do trabalho para ainda ver um resto de luz do dia.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Almost two and counting

A ideia era contar de 1 a 10 em português e em inglês. Mas haverá alguém que consiga fazer uma criança repetir a gracinha para a câmara?

Coincidências

quarta-feira, 2 de março de 2011

Working Mum

Nunca o tempo me pareceu passar tão rápido quanto nestas duas últimas semanas. E, de repente, não me consigo imaginar a fazer outra coisa que não seja estar a trabalhar. Já dei por mim a pensar que não devia ter esperado tanto tempo para procurar emprego. Estar novamente activa tem-me feito muito bem. Sinto-me útil, ando bem disposta e tenho mais paciência para as crianças.
Os primeiros dias de um novo emprego são sempre tempestuosos, pelo menos dentro da minha cabeça. Absorver tanta informação num curto espaço de tempo é muito cansativo, mais ainda quando se trabalha numa segunda língua. De início, a sensação de cansaço ao fim do dia era como se tivesse a cabeça desfeita em água. Passados os primeiros quinze dias, começo a dominar os assuntos e a fazer menos perguntas. Os meus colegas - ingleses, hispano-austríacos, alemães, polacos, americanos, etc. - ajudaram-me a integrar-me muito bem.
Os dias começam mais cedo, para dar tempo para preparar as crianças e passar  algum tempo com elas. Sou a primeira a sair de casa e agora sou eu quem diz adeus cá em baixo aos que ficam à janela a ver-me ir embora. Ando até à estação de metro e tento abstrair-me do movimento que paira à minha volta com a música do MP3 que o T. me ofereceu no Natal. Afundo-me no livro que levo debaixo do braço e abro-o mesmo que viaje de pé. Os meus movimentos já se tornaram quase mecânicos e já faço o percurso quase instintivamente. Já conheço as paragens do metro, já sei qual a porta que vai abrir e para que lado vou ter de sair. Caminho até ao trabalho com passadas marcadas pela batida da música e entro no edifício com um sorriso, para ver que a maioria dos meus colegas chega, como eu, antes da hora.
Nas mini-cozinhas em cada andar há torneiras com água quente, fria, com gás ou sem gás. Há chá, café e leite à discrição. Quem se vai servir oferece-se para trazer uma rodada para os colegas.
A manhã passa depressa e num instante chega a hora de almoço. Num edifício a poucos metros fica a cantina com almoços grátis. A comida não é brilhante, mas garante-nos uma sopa (apimentada, sempre), um prato (de carne ou vegetariano - não há peixe -, ou uma jacked potatoe), saladas e fruta.
À hora de saída, faço o percurso inverso rumo a casa e cerca de 50 minutos depois abro a porta para encontrar a L. e o D. embrenhados nalgum episódio do Ruca ou da Peppa Pig. Muitos beijos e abraços depois, terminamos as rotinas dos banhos, brincamos às escondidas ou fazemos desenhos, e jantamos. Espera-me então o curto serão, quando, cansada, consulto o meu email e penso que deveria publicar um post no blogue. E adormeço feliz, ao lado do T., sob uma manta no sofá.