quinta-feira, 27 de maio de 2010
Cobrador
A nova companheira do D., que anda com ele para todo o lado, pendurada ao pescoço, com duas conchas lá dentro.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Calor de Verão
Quando a Primavera deu os primeiros ares da sua graça e o tempo começou a melhorar, não faltou quem começasse logo a tirar cá para fora as camisolas de alças, os mini-calções e as sandálias. Andei intrigada a pensar como se vestiriam aquelas pessoas quando começasse realmente o calor. Este fim-de-semana descobri. Pelas ruas, e sobretudo nos parques, homens e mulheres andam de roupas ainda mais reduzidas do que é habitual, ou então andam praticamente sem roupa. Andam despidos enquanto passeiam a pé ou de bicicleta, e qualquer relvado serve para se deitarem ao sol, a tostar a pele, enquanto nós procuramos a sombra mais próxima. Tentei arranjar uma explicação para sermos praticamente os únicos que trazíamos ontem roupa a proteger os ombros, e lembrei-me do ditado popular: «o que protege do frio também protege do calor».
Ontem à tarde, em Regent's Park
domingo, 23 de maio de 2010
27 graus
Segundo o site da BBC, estão, neste momento (à volta das sete e vinte da tarde), 27 graus em Londres. Não consegui descobrir qual foi a temperatura máxima de hoje, mas arriscaria a dizer que ultrapassou os 30 e alguns graus. As alterações climáticas podem trazer muitos dissabores para o nosso futuro, mas que estes dias sabem mesmo bem, isso sabem.
P. S. - Só para registo geral, parece que em Lisboa estão neste momento uns modestos 23 graus.
P. S. - Só para registo geral, parece que em Lisboa estão neste momento uns modestos 23 graus.
sábado, 22 de maio de 2010
Lagartos ao sol
Os vizinhos levaram as piscinas. Nós levámos a manta e as bolas. As árvores providenciam as sombras. Espera-nos uma tarde de descanso no jardim, enquanto as crianças brincam na água aquecida pelo sol.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Uma questão de prioridades
Eu sei que tinha dito que ia reescrever o meu currículo, mas depois de passar uma tarde solarenga a brincar no jardim com triciclos e a fazer piqueniques de relva e pétalas, quem consegue imaginar voltar a estar dentro de um escritório? Há coisas mais importantes na vida. E, se não fosse assim, como é que poderia ter ido hoje com a L. e os seus amigos numa visita da escola ao Pirate Ship, no Diana, Princess of Wales Memorial Playground? Tem de haver prioridades.
Weekend for two
Enquanto o T. e a L. foram matar saudades de Lisboa e dos amigos numa viagem relâmpago de fim-de-semana (e que ainda incluiu um casamento), fiquei por cá com o D., que recuperava de uma gastroenterite. Apesar de, para meu desespero, os dias começarem antes das 7 da manhã e me parecerem terrivelmente longos, acabámos por aproveitá-los bem. No sábado, fomos os primeiros a chegar ao parque de areia do Holland Park, ainda não eram 9 horas. O dia estava muito bonito e fomos seguidos por todos os pais (homens) das redondezas, que aproveitam os fins-de-semana para ver, literalmente, os filhos (a maior parte das crianças deita-se por volta das 7 da tarde). Almoçámos com a S. e o N., de visita a Londres, e passeámos pelo bairro. No domingo, depois de um almoço com a G., voltámos ao parque e fomos afugentados pela chuva. Aproveitei para brincar com o D. sem mais distracções, e ele acabou por aprender mais umas gracinhas: «Já 'tá!», «mmuuuuu», «miaaauu», «pão» e «dá». Adormeci, exausta, antes de o T. e a L. voltarem, mas com vontade de repetir estes fins-de-semana a dois.
sábado, 15 de maio de 2010
Helper
Nove meses depois de termos chegado a Londres, sinto algum peso na consciência por ainda não ter começado a procurar um emprego. Os meus dias, preenchidos por afazeres domésticos, compras, brincadeiras com os miúdos e pouco mais, não se pode dizer que sejam muito interessantes ou estimulantes. Por isso, quando chega uma oportunidade destas, fico entusiasmada. Esta semana passei dois dias atrás de um balcão a falar com pessoas de todas as nacionalidades e a vender panos bordados, cristais Atlantis, vinho do Porto, livros sobre os Açores e a Madeira, canetas, t-shirts, alfinetes de peito, e - as grandes atracções - louças das Caldas e pastéis de nata. Foi no International World Market, uma espécie de bazar diplomático, que decorreu no Kensington Town Hall. Tudo isto soa a muita dondoquice, eu sei. Mas não só ajudei a angariar fundos para uma instituição de apoio a crianças e famílias, como me senti útil. O que me fez pensar que talvez esteja na altura de reescrever o meu currículo.
Vírus do emigrante
O «vírus do emigrante» já chegou cá a casa. Damos por nós a usar expressões inglesas no meio do discurso, a fazer traduções literais de palavras, a trocar a ordem dos elementos da frase. Já apanhei o T. a dizer «fisharia» e a falar dos «subtítulos» dos filmes. Já pedi a uma amiga para me «introduzir» a comida mexicana do Whole Foods. E a L. diz muitas vezes que quer chegar ao «top» do escorrega, pergunta se hoje pode vestir aquela «vermelha camisola» e pede-me «Ó mamã, stopa de rir!». Estamos todos apanhados e o problema é que não há antibiótico que funcione nestes casos. Por favor parem-me quando começar a construir uma casa com azulejos por fora.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Português 5 - Inglês 0
Sempre acreditei que o bilinguismo iria atrasar o desenvolvimento da fala do D. e é verdade que a L., com a mesma idade, comunicava com mais desenvoltura, mas começo a ver progressos. Esta semana, por exemplo, apercebi-me de que o D. já entende muito do que lhe dizemos. Frases como «Vai buscar a bola e dá à mamã», «Queres pão?» ou «Vamos dizer adeus ao papá à janela.» já não têm segredos para ele, que entretanto acrescentou algumas sílabas ao seu vocabulário. Se a memória não me falha, já contamos com: «mamã», «papá», «Dáda» (uma interpretação própria do nome da irmã), «ába» (água), «olá». E não estou a contar com a imitação do cão («ão, ão», que em inglês seria «auf, auf»).
É certo que o Português predomina cá em casa - somos três contra uma -, mas não deixo de sentir o gostinho da vitória sobre a nanny.
É certo que o Português predomina cá em casa - somos três contra uma -, mas não deixo de sentir o gostinho da vitória sobre a nanny.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
terça-feira, 4 de maio de 2010
Paris, je t'aime
São apenas cerca de 2 horas e meia entre Londres e Paris, de Eurostar. Aproveitando um fim-de-semana prolongado, fomos visitar a R., o V., a V. e o M. Foram três dias intensos, com viagens de carrossel, crepes com Nutella, passeios de barco pelo Sena, duas Brancas de Neve altamente temperamentais, sopas de cebola gratinadas, dois comilões inveterados, sol, frio e chuva, croissants e baguetes, visitas ao Pompidou e uma hora de jet-lag.
Há cidades que provavelmente nunca me cansarei de revisitar. Obrigada, R., V., V. e M., por nos receberem tão bem. À bien tôt!
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